A Natureza do Conhecimento Segundo o Fenomenalismo

15-03-2011 21:17

 

 

 

            O Fenomenalismo utiliza-se tanto do conceito do realismo quanto do idealismo, Kant adota do realismo a suposição da existência das coisas (objeto), já do idealismo ele absorve a ideia de que o conhecimento da realidade é dado na consciência, como o mundo aparece para o sujeito.

            Para compreender melhor o Fenomenalismo, temos que compreender a fundo as teorias realista e idealista. O realismo se divide em duas partes o realismo ingênuo e o realismo critico, o realismo ingênuo consiste em que o conhecimento do objeto é tal como ele é na realidade. Já para o realismo critico insere a problemática das propriedades qualitativas e quantitativas. As propriedades quantitativas são (espaço, figura, quietude, movimento, etc.) já as qualitativas correspondem a (cores, sons, odores, sabores, etc.). ainda que o realismo critico tenha que o conceito do realismo ingênuo de que o objeto é determinante para o conhecimento, ele se distingue por que ele considera que nem todas as propriedades presentes no conteúdo perceptivo advêm das coisas.

            A teoria idealista consiste em que não existem coisas reais independentes da consciência, o objeto não é real mais ideal, nesta teoria o sujeito predomina sobre o objeto. Para George Berkeley o objeto existe enquanto ele é percebido, “existir é ser percebido”.

            Destas duas linhas de pensamento se dá origem ao Fenomenalismo kantiano, que têm como teoria fundamental que, não podemos conhecer as coisas como elas são em sim mesmas “númeno”, apenas como nos aparecem (apresentam) daí o conceito de Fenômeno.

            Nesta citação de Kant, quando ele afirma que “o objeto representado e as propriedades que lhe atribuía a intuição sensível já não se encontram, nem podem encontras-se em parte alguma”. Ele nos ajuda a compreender melhor as formas apriori do conhecimento, em especial a forma apriori da sensibilidade. Que tem em vista que o intelecto pensa e se refere à realidade fornecida pela sensibilidade, e que o sujeito com seus múltiplos dados sensoriais que “ordena em determinadas relações” o modo de funcionamento de nossa sensibilidade, organizando os mesmos dados em formas puras da sensibilidade.

            Com tudo o objeto cognoscível não existe tal como ele é em si mesmo em minha compreensão, mas apenas a sua aparência que me é apresentada pela experiência sensível das formas apriori do conhecimento: sensibilidade e Entendimento.

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